quarta-feira, 9 de abril de 2008

IBGE ampliará pesquisas socioeconômicas

Rio de Janeiro, 03/04/2008
IBGE ampliará pesquisas socioeconômicas
Plano prevê que a PNAD, balanço social divulgado anualmente, seja mesclada a pesquisa sobre emprego e investigue mais áreas no Brasil

Crédito: Prefeitura de Macaé/Bruno Campos
Conheça o projeto
Saiba mais sobre o Projeto de Assistência Técnica ao Programa de Reformas para o Setor de Desenvolvimento Humano, do PNUD, ao qual estão ligadas as alterações nas pesquisas do IBGE.
OSMAR SOARES DE CAMPOS
da PrimaPagina

Algumas importantes pesquisas socioeconômicas feitas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) se tornarão mais amplas e precisas. A principal instituição produtora de indicadores no país planeja divulgar, a partir da próxima década, dados mais abrangentes sobre trabalho e renda e detalhamento maior das condições das regiões urbana e rural, a partir de amostragens colhidas o ano todo.

O plano é mesclar a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, uma espécie de balanço social feito no Brasil todo e divulgado anualmente) e a PME (Pesquisa Mensal de Empregos, feita em seis regiões metropolitanas e divulgada todo mês). Elas serão extintas e darão origem a uma pesquisa que deve ser batizada de PNAD Contínua, trimestral. Além disso, o maior levantamento sobre hábitos de consumo e gastos dos brasileiros, a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), divulgada uma vez por década, vai ter uma versão menos complexa todos os anos.

A fusão da PNAD e da pesquisa sobre empregos vai possibilitar, de acordo com o IBGE, a investigação de um número maior de locais do país e fornecer dados mais precisos sobre emprego.

A PNAD segue um questionário básico fixo, repetido todos os anos. Assim, permite o acompanhamento anual de questões como trabalho, educação, habitação, renda, migração e fecundidade. A pesquisa também aborda a cada ano temas variados — os “suplementos”, como trabalho infantil e programas sociais. "A proposta da PNAD para a próxima década é que se transforme em uma pesquisa trimestral, de modo a produzir informações sobre emprego e trabalho para todo o país num formato conjuntural", afirma a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Márcia Quintslr.

Assim, os dados sobre trabalho e rendimento serão mais precisos do que os da Pesquisa Mensal de Emprego, mas passarão a ser divulgados trimestralmente. Já os dados da PNAD atual continuarão a ser publicados anualmente, mas poderão indicar evolução ao longo de 12 meses.

Isso será possível porque o IBGE aplicará cinco questionários menores e temáticos a cada trimestre — atualmente, os pesquisadores vão a campo apenas no último trimestre do ano, em setembro, com um longo questionário. Conseqüentemente, a PNAD fará um número maior de visitas ao longo do ano e chegará a mais lugares: de 145.547 visitas a domicílios em 7.818 setores (abaixo, em vermelho, os municípios escolhidos para esta década), passará a 716.800 visitas em 13.760 setores, com 179.200 domicílios visitados a cada trimestre ( abaixo, em azul, a amostra da PNAD Contínua, a ser aplicada na década seguinte). Depois que uma família responder aos cinco questionários da PNAD Contínua, uma nova família da região passará a ser ouvida.

"Atualmente, a PNAD só vai a campo em um trimestre no ano e investiga todos aqueles temas num ponto fixo do tempo. Se você falar em educação, é educação em setembro. Agora, quando você falar em educação, será educação acumulada ao longo do ano", compara Elizabeth Hypólito, gerente do Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares do IBGE. "A apuração também será mais rápida — a PNAD é sempre divulgada com atraso, o que vai mudar com a tabulação ocorrendo durante todo o ano. Nós teremos, ainda, uma amostra muito maior, com uma estratificação de urbano e de rural que hoje não existe."

Essa distinção se tornará possível porque a amostra terá duas etapas que não existem hoje: depois de feitas divisões administrativas (unidade da Federação, capital e região metropolitana), vai haver uma divisão por setores urbanos e rurais, inclusive de acordo com a renda.

Essa mudança de metodologia fará o IBGE iniciar uma nova série histórica em suas medições — o que implica que a série de indicadores coletados ao longo das últimas décadas não poderá ser diretamente comparada com a que começará a ser feita nos próximos anos. "Como poderíamos comparar um resultado que tinha como referência um período estanque, com outro que é baseado em informações colhidas ao longo do ano?", questiona Elizabeth. "No caso da PME, você tem como base pesquisas em apenas algumas regiões metropolitanas. Essa pesquisa será extinta e vamos levá-la para todo país."

No caso da Pesquisa de Orçamentos Familiares, o IBGE passará a apresentar dados conjunturais anualmente, sob o título de POF Simplificada.

Ambos modelos serão testados no último trimestre deste ano, em pilotos que têm apoio do Projeto de Assistência Técnica ao Programa de Reformas para o Setor de Desenvolvimento Humano, co-financiado pelo Banco Mundial e supervisionado no Brasil pelo PNUD.

Para Márcia Quintslr, essas alterações são urgentes e devem ser aplicadas já no início da próxima década — a PNAD Contínua para 2009/2010 e a POF simplificada para 2010/2011. "As pesquisas domiciliares hoje são maravilhosas e muito importantes. Mas o requisito para informação socioeconômica cresce cada dia mais, com temas mais múltiplos, requerendo mais agilidade. Então, essa reformulação das pesquisas vai nos colocar atendendo melhor essa demanda por informação", afirma a matemática, mestre em Estatística. "É urgente você ter uma informação contínua sobre consumo e também sobre mercado de trabalho em nível nacional, que é algo de que o Brasil não dispõe. Essa é a necessidade premente do projeto."

Os modelos metodológico para a POF Simplificada e a PNAD Contínua estão praticamente prontos, de acordo com Márcia. O projeto vai requerer investimentos muito grandes para a pesquisa de campo e para recursos humanos. "Aí, começamos a entrar na esfera da negociação política sobre a importância do projeto e da liberação de orçamento para ele. Esse é o caminho mais forte que nós vamos ter que percorrer agora. Toda a direção do IBGE está empenhada, porque temos a clareza sobre a importância técnica da necessidade de esse programa ser implementando para construirmos o retrato do Brasil de uma forma mais precisa", completa.

terça-feira, 11 de março de 2008

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Erradicar a extrema pobreza e a fome Saiba mais
O número de pessoas em países em desenvolvimento vivendo com menos de um dólar ao dia caiu para 980 milhões em 2004, contra 1,25 bilhão em 1990. A proporção foi reduzida, mas os benefícios do crescimento econômico foram desiguais entre os países e entre regiões dentro destes países. As maiores desigualdades estão na América Latina, Caribe e África Subsaariana. Se o ritmo de progresso atual continuar, o primeiro objetivo não será cumprido: em 2015 ainda haverá 30 milhões de crianças abaixo do peso no sul da Ásia e na África.
Atingir o ensino básico universal Saiba mais
Houve progressos no aumento do número de crianças frequentando as escolas nos países em desenvolvimento. As matrículas no ensino básico cresceram de 80% em 1991 para 88% em 2005. Mesmo assim, mais de 100 milhões de crianças em idade escolar continuam fora da escola. A maioria são meninas que vivem no sul da Ásia e na África Subsaariana. Na América Latina e no Caribe, segundo o Unicef, crianças fora da escola somam 4,1 milhões.
Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres Saiba mais
A desigualdade de gênero começa cedo e deixa as mulheres em desvantagem para o resto da vida. Nestes últimos sete anos, a participação feminina em trabalhos remunerados não-agrícolas cresceu pouco. Os maiores ganhos foram no sul e no oeste da Ásia e na Oceânia. No norte da África a melhora foi insignificante: Um em cinco trabalhadores nestas regiões é do sexo feminino e a proporção não muda há 15 anos.
Reduzir a mortalidade infantil Saiba mais
As taxas de mortalidade de bebês e crianças até cinco anos caíram em todo o mundo, mas o progresso foi desigual. Quase11 milhões de crianças ao redor do mundo ainda morrem todos os anos antes de completar cinco anos. A maioria por doenças evitáveis ou tratáveis: doenças respiratórias, diarréia, sarampo e malária. A mortalidade infantil é maior em países que têm serviços básicos de saúde precários.
Melhorar a saúde materna Saiba mais
Complicações na gravidez ou no parto matam mais de meio milhão de mulheres por ano e cerca de 10 milhões ficam com seqüelas. Uma em cada 16 mulheres morre durante o parto na África Subsaariana. O risco é de uma para cada 3,800 em países industrializados. Existem sinais de progresso mesmo em áreas mais críticas, com mais mulheres em idade reprodutiva ganhando acesso a cuidados pré-natais e pós-natais prestados por profissionais de saúde. Os maiores progressos verificados são em países de renda média, como o Brasil.
Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças Saiba mais
Todos os dias 6,8 mil pessoas são infectadas pelo vírus HIV e 5.,7 mil morrem em conseqüência da Aids - a maioria por falta de prevenção e tratamento. O número de novas infeccções vem diminuindo, mas o número de pessoas que vivem com a doença continua a aumentar junto com o aumento da população mundial e da maior expectativa de vida dos soropositivos. Houve avanços importantes e o monitoramento progrediu. Mesmo assim, só 28% do número estimado de pessoas que necessitam de tratamento o recebem. A malária mata um milhão de pessoas por ano, principalmente na África. Dois milhões morrem de tuberculose por ano em todo o mundo.
Garantir a sustentabilidade ambiental Saiba mais
A proporção de áreas protegidas em todo o mundo tem aumentado sistematicamente. A soma das áreas protegidas na terra e no mar já é de 20 milhões de km² (dados de 2006). O A meta de reduzir em 50% o número de pessoas sem acesso à água potável deve ser cumprida, mas a de melhorar condições em favelas e bairros pobres está progredindo lentamente.
Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento Saiba mais
Os países pobres pagam a cada dia o equivalente a US$ 100 milhões em serviço da dívida para os países ricos. Parcerias para resolver o problema da dívida, para ampliar ajuda humanitária, tornar o comércio internacional mais justo, baratear o preço de remédios, ampliar mercado de trabalho para jovens e democratizar o uso da internet, são algumas das metas.

Declaração do Milênio
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Introdução aos ODM
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Roteiro das Metas
Tamanho 28 KB Formato disponível PDF

Nós, os povos: O papel das Nações Unidas no século 21
Tamanho 624 KB Formato disponível PDF

A Agenda 21 e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
Tamanho 313 KB Formato disponível PDF

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio — Relatório Nacional de Acompanhamento 2004
Tamanho 2 MB Formato disponível PDF

Brazilian Monitoring Report on the Millennium Development Goals 2004
Tamanho 2 MB Formato disponível PDF

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio — Relatório Nacional de Acompanhamento 2005
Tamanho 3 MB Formato disponível PDF

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio — Relatório Nacional de Acompanhamento 2007
Iniciativas governamentais com impacto no alcance dos ODM

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio — Relatório Estadual de Acompanhamento — São Paulo 2005
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Relatórios de Países
Tamanho 5 KB Formato disponível HTML

Relatório Mundial sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2005 (em espanhol)
Estudo da ONU que sintetiza o desempenho de diferentes regiões do mundo nos Objetivos do Milênio.

Relatório Mundial sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2006 (em inglês)
Tamanho 1 MB Formato disponível PDF

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - Uma visão a partir da América Latina e do Caribe Relatório sobre o desempenho da América Latina e do Caribe nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, organizado pela CEPAL.
O estudo está disponível em espanhol ou inglês. Em português, é possível ler um resumo do relatório, um informe sobre o Brasil no relatório e uma síntese sobre o desempenho da região em cada um dos oito
Objetivos do Milênio:

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Grande Porto Alegre terá atlas social digital

De: PNUD Brasil
Para: edsonpaim@bol.com.br
Data: 20/02/08 17:26
Assunto: Grande Porto Alegre terá atlas social digital

Boletim nº 481 - Terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Olá, EDSON NOGUEIRA PAIM

Você está recebendo o boletim do PNUD Brasil com as últimas notícias sobre desenvolvimento humano.

Grande Porto Alegre terá atlas social digital
Região metropolitana da capital gaúcha, que engloba 31 municípios, lançará banco de dados gratuito com 200 indicadores socioeconômicos

Jovem sul-americano quer educação melhor
Pesquisa em seis países da região indica que a juventude engajada revindica ensino público de qualidade e voltado à formação técnica

ODM exigem maior participação municipal
Dois eventos internacionais discutem papel dos municípios na implementação de políticas públicas em prol dos Objetivos do Milênio

Salvador treina 800 servidores anti-racismo
Prefeitura da capital da Bahia dá curso para funcionários públicos da área de saúde identificarem e combaterem discriminação por cor

Cartilha estimula formação de gestor social
Ministério do Desenvolvimento Social distribui 10 mil exemplares de livreto que incentiva a formação de agentes nos municípios brasileiros