quarta-feira, 13 de julho de 2011

Avanço de ODM na AL é desigual', diz ONU




Genebra, 07/07/2011
'Avanço de ODM na AL é desigual', diz ONU
Relatório aponta progresso da região em metas como o combate à fome, a redução da mortalidade infantil e a igualdade de gênero
Relatório dos ODM 2011
Coletiva de imprensa

O lançamento regional do Relatório será feito na cidade do México em uma coletiva de imprensa às 13h00 (horário de Brasília) que poderá ser acompanhada ao vivo por webcast no site do Centro de Informações da ONU

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Contatos

No México
Centro de Informações da ONU
Juan Miguel Diez
Tel.: +52 55 4000-9727;
E-mail: jmdiez@un.org.mx

Em Nova York
Departamento de Informação Pública da ONU
Wynne Boelt
Tel.: +1 212 963 8264;
E-mail: boelt@un.org

Newton Kanhema
Tel. +1 212 963 5602
E-mail: kanhema@un.org
da ONU e do PNUD
O Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2011, lançado hoje pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em Genebra, aponta progressos desiguais na implementação dos ODM na América Latina e no Caribe. A região cumpriu as metas para redução da fome, e está bem encaminhada na implementação dos objetivos referentes à redução da mortalidade infantil e à igualdade de gênero. Contudo, o progresso não foi tão notável em outras áreas, como a redução da pobreza, avanços na educação e em outras metas ligadas à saúde e à sustentabilidade ambiental, diz o documento da ONU.

O Relatório dos ODM 2011 aponta que a América Latina e o Caribe alcançaram a meta de reduzir pela metade a proporção de crianças desnutridas com idade inferior a cinco anos: diminuiu de 10%, em 1990, para 4%, em 2009. A taxa de mortalidade de crianças com menos de cinco anos na região também caiu significativamente: de 52% em 1990 para 23% em 2009. Se essa tendência continuar, afirma o Relatório, a região cumprirá meta central do ODM 4, que prevê uma redução de dois terços, entre 1990 e 2015, da mortalidade de crianças menores de 5 anos.

Ainda de acordo com o documento, a América Latina e o Caribe fizeram grandes avanços na igualdade de gênero. A região cumpriu a meta prevista no ODM 3, de paridade de gênero na educação. A proporção entre meninas e meninos matriculados no ensino fundamental e no ensino superior é a maior entre todas as regiões em desenvolvimento. As mulheres participam em trabalhos remunerados quase tanto quanto os homens. Além disso, a proporção de mulheres empregadas em trabalhos não-agrícolas foi de 43% em 2009, a segunda maior na comparação com todas as regiões em desenvolvimento.

Desafios no Caribe

Em contraste, a região da América Latina e do Caribe não está no caminho para alcançar a meta de reduzir pela metade a pobreza extrema até 2015. De acordo com os últimos dados disponíveis, a proporção de pessoas vivendo com menos de 1,25 dólar por dia no Caribe diminuiu apenas de 29% para 26% entre 1990 e 2005.

A região também pode não cumprir o objetivo de oferecer educação primária universal até 2015. A taxa de matrículas no ensino básico aumentou ligeiramente, de 93% em 1999 para 95% por cento em 2009.

Na saúde, o Caribe tem a segunda maior taxa de novas infecções de HIV entre todas as regiões em desenvolvimento. Mas, numa observação positiva, a proporção de pessoas vivendo com HIV e recebendo tratamento antirretroviral (ARV) no Caribe saltou de 5% para 38% entre 2004 e 2009, e a proporção de mulheres recebendo estes medicamentos como forma de prevenção à transmissão vertical do HIV (de mãe para filho) aumentou de 20% para 55%.

De acordo com o Relatório, a mortalidade materna no Caribe ainda estava alta em 2008, com 170 mortes de mães a cada 100 mil nascimentos, e com apenas 69% dos partos realizados por profissionais de saúde qualificados. Também até 2008, a América Latina tinha a segunda maior taxa de gravidez na adolescência de todas as regiões em desenvolvimento: 82 nascimentos para cada mil mulheres com idade entre 15 e 19 anos em 2008.

Obstáculos ao ODM 7

Enquanto a América Latina e o Caribe cumpriram a meta de reduzir pela metade a proporção da população sem acesso a água potável, a região está longe de alcançar a meta similar de saneamento, diz o Relatório, e a lacuna entre as áreas rural e urbana permanece preocupante.

Em 2008, segundo o estudo, uma pessoa que vivia em área urbana tinha quase duas vezes mais probabilidade de usar um banheiro ou uma privada do que uma pessoa vivendo na zona rural.

Sobre a sustentabilidade ambiental, a América do Sul continua mostrando a maior perda líquida de florestas entre todas as regiões, apesar de os índices de desmatamento estarem diminuindo ao redor do planeta. Foram destruídos quase 4 milhões de hectares por ano durante o período de 2000 a 2010.

O Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio é uma avaliação dos progressos regionais em relação ao alcance dos ODM. Ele reflete os dados mais abrangentes, atualizados e reunidos por mais de 25 agências internacionais da ONU. O relatório é produzido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU. Um conjunto completo de dados usados para preparar o relatório está disponível na página de Indicadores ODM da ONU.